Polícias e Corpo de Bombeiros perdem apoio de aeronaves em BH. Presidente da Promutuca se manifesta pelo fato do local servir como base para as aeronaves nas ações de combate a incêndios na Região Metropolitana.
Depois de 80 anos de existência, o Aeroporto Carlos Prates está fechado. Há cerca de dois meses o local está sem poder receber pousos de aeronaves. Uma decisão tomada pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPA) revogou o contrato entre a União e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), determinando o fechamento do terminal.
O fato que tem gerado insatisfação entre afetados, vem dividindo opiniões entre os especialistas que acompanham o caso e agora é uma preocupação de ambientalistas. Segundo informou Pedro Lima, presidente da Associação de Proteção Ambiental do Vale do Mutuca (Promutuca), a função primordial do aeroporto Carlos Prates é a de ser base para ações no combate a incêndios na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo ele, com a suspensão das atividades o Corpo de Bombeiros perde a capacidade de reação rápida a qualquer ocorrência em pontos como Serra do Curral, Rola Moça e Mata da Mutuca.
No entendimento do ambientalista, o fechamento do aeroporto gera também um passivo em relação à logística desenvolvida pelo Corpo de Bombeiros para que as aeronaves fiquem o mínimo de tempo no solo e logo já estão voando, levando água para salvar as matas. “Aeroportos da região e áreas próximas poderiam funcionar como alternativa, mas esbarram no tempo de reação já que ficam a mais de uma hora de voo de Belo Horizonte”, explicou Pedro Lima.
Em entrevista recente à imprensa, o coordenador do Curso de Ciências Aeronáuticas da universidade FUMEC, Aloísio Santos, afirmou que Minas Gerais inteira perde por não fazer um debate sério sobre o fechamento do aeroporto. “Minas perde a base de operações usada para combate aos incêndios florestais”, enfatiza o coordenador.
Dentre os impactos diretos
O fato é que o fechamento do aeroporto vem causando impactos diretos e indiretos na economia mineira e na cadeia produtiva. O encerramento das operações no local acarreta em mais de 500 empregos que deixam de existir. “Isso sem contar que havia 17 companhias, entre elas a maior certificadora aeronáutica do Brasil, duas oficinas de manutenção de aeronaves e 22 hangares de apoio aeronáutico”, explica Pedro.
Para vários especialistas, essa perda pode ser irreversível caso o processo continue. É o que afirma Estevan Velasquez, presidente da Associação Voa Prates. “O fechamento sem um estudo de impacto e alguma alternativa para as ações que são feitas no Aeroporto é irresponsabilidade”. Velasques também faz uma ressalva aos treinamentos das Forças de Segurança que deixam de acontecer em Belo Horizonte: “O período de seca está aí. Vamos ver como resolver o problema caso haja a necessidade de combate a algum incêndio na Serra do Curral ou em qualquer outra mata de nossa região”.
Comments (5)
Aqui na nossa região, bairro Padre Eustáquio também estamos preocupados com os impactos dessa desativação! Venham somar esforços conosco neste sábado dia 15/07 na praça TeJo, próximo ao portal do aeroporto, as 18:00 , na assembleia popular a favor da reabertura e modernização desse aeroporto!!!
Será preciso assistirmos a outra catástrofe na cidade para que as autoridades competentes tenham o bom senso de ouvir as recomendações técnicas sobre a vocação do Aeroporto Carlos Prates? Moradias populares não podem servir de escudo para políticas eleitoreiras de compra de votos e destruição da cidade… Neste sábado (15/07), às 18hs, haverá manifestação dos moradores na Praça Tejó (em frente à portaria do aeroporto) em defesa da reabertura do aeroporto e sua revitalização pela iniciativa privada.
Uma situação preocupante! Aqui na região do aeroporto, bairro Padre Eustáquio, também estamos muito angustiados e aflitos! Nesse sábado teremos uma assembleia popular para mostramos as consequências dessa desativação! Venham somar esforços conosco: Dia 15/07 , as 18:00, na Praça Tejo, final do ônibus 9408, próximo do aeroporto Carlos Prates!
E absurdo sem limites, como se não tivessem administração pública para analisar os impactos e apresentar segundo plano, ao invés de fechar insanidade total dessa prefeitura!
E absurdo sem limites, como se não tivessem administração pública para analisar os impactos e apresentar segundo plano, ao invés de fechar total despreparo da prefeitura!