Nova Lima faz limpeza da calha do Rio das Velhas para tentar evitar enchentes

Realizada por meio da Secretaria de Meio Ambiente, a ação tem objetivo de retirar areia e lixo acumulado no leito do rio, aumentando a fluidez da água, amenizando parte dos impactos causados pela chuva, e melhorando o aspecto das águas.

A Prefeitura de Nova Lima, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, iniciou o trabalho inédito de limpeza da calha do Rio das Velhas, no trecho entre os bairros Santa Rita e Honório Bicalho. Embora as obras de zeladoria sejam de responsabilidade do Governo do Estado, uma vez que o curso d’água passa por diversas cidades, e a sua gestão é feita pelo órgão estadual responsável – o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), o município conseguiu junto ao governo e ao Instituto de Gestão das Águas as licenças ambientais para executar o trabalho em parte do trecho no município, por entender a importância dessa ação.

A limpeza deve seguir por alguns meses e tem por objetivo retirar areia e lixo acumulado no leito do rio, aumentando a fluidez da água, amenizando parte dos impactos causados pela chuva, e melhorando o aspecto das águas do rio. Segundo informou Gabriel Coutinho, a limpeza se dará em um trecho de aproximadamente 4 km. “Esse é um feito inédito em Nova Lima, pois é um trabalho que geralmente é realizado pelo Estado, e mostra o cuidado da gestão com seus recursos hídricos. Esse trabalho vai diminuir o assoreamento nesse trecho do Rio das Velhas, retirar o acúmulo de terra, galhos de árvores e lixo que são lançados no curso d ‘água. Quando todo o serviço estiver finalizado, a Secretaria de Meio Ambiente irá recompor a mata ciliar para evitar que o solo fique exposto às chuvas”, explicou o secretário.

Minimizar os problemas causados pela chuva

Com a retirada de todo esse material há melhora no fluxo da água, que passa a correr em um ambiente mais livre, menos impactado pela poluição e com menos barreiras artificiais. A ação tem, portanto, o potencial de minimizar os problemas causados pela chuva. Porém é importante destacar que, sozinha, a intervenção não soluciona o risco de enchente. Para isso é necessária uma ação conjunta, junto ao Governo do Estado, das ações de mitigação que forem propostas (como desassoreamento e recuperação da mata ciliar). A área às margens do rio está sempre sob monitoramento preventivo da Defesa Civil Municipal, e todos os alertas e orientações para moradores e para quem circula na região devem continuar sendo respeitados.

A ação de limpeza vai durar alguns meses, a depender de quanto material for encontrado. Os materiais serão retirados por maquinário especial, por empresa que presta serviço para a Prefeitura. Eles serão levados para bota-esperas, onde ficarão para que haja a secagem. Depois disso, terão a destinação adequada. No caso da areia, ela poderá ser reutilizada em obras, depois de avaliadas as condições do material. Já o lixo será destinado para o aterro que atende a cidade.

É importante ressaltar que serão feitas análises técnicas dos resíduos, para que o nível de contaminação seja avaliado. Essa é uma ação preventiva, já que não há registro de problemas desse tipo no trecho.

Plantio de árvores

Haverá, em alguns pontos, a recuperação da mata ciliar, com plantio de diversas espécies. E a Prefeitura de Nova Lima também planeja ações de educação ambiental, a serem executadas nos próximos meses. Entre elas está a conscientização, em toda a cidade, para que não haja o descarte de nenhum lixo, especialmente de materiais pesados, dentro do rio.

A limpeza de corpos hídricos é um trabalho que exige técnica, equipamentos específicos e esforços também da população. Entre os benefícios estão a diminuição da situação de alagamentos e inundações e cheias em épocas de chuva. A desobstrução da linha d’água favorece também a recuperação da fauna e flora local, além do mais importante que é a qualidade de vida da população.

Com a retirada de todo esse material há melhora no fluxo da água, que passa a correr em um ambiente mais livre, menos impactado pela poluição e com menos barreiras artificiais. A ação tem, portanto, o potencial de minimizar os problemas causados pela chuva.

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