A internet está repleta de vídeos e imagens mostrando animais silvestres sendo mantidos como pets. Alguns exibem macacos usando ou lavando roupas, outros mostram grandes felinos dentro de casa, sendo criados como gatinhos. Isto ocorre no mundo todo, mas vamos falar do Brasil.
E falar deste assunto quase nos obriga a mencionar outro tema de grande importância: o tráfico de animais silvestres. São milhões deles, retirados anualmente dos seus habitats para abastecer este comércio ilegal e devastador para a fauna. E não há clemência, de filhotes a adultos, todos estão na mira dos traficantes. Arrancados da natureza, irão ainda enfrentar um longo caminho de sofrimento até chegar ao destino. Durante o transporte são amontoados em caixas e até malas de viagem, sem qualquer critério, o que resulta na morte da grande maioria. Nas feiras onde são vendidos, muitos deles são submetidos a maus tratos para parecerem mais mansos, como mutilações e ingestão de bebidas alcoólicas.
A falta de locais adequados para a destinação dos animais apreendidos nas operações, falhas na legislação e fiscalização, entre outros fatores, dificultam o combate a esta prática no Brasil. Em algumas partes do país, por exemplo, manter animais silvestres como pets é uma questão cultural, um obstáculo a mais para colocar fim a este processo.
Difícil, mas não impossível. E cada um de nós pode fazer sua parte, direta ou indiretamente. Podemos começar despertando nas pessoas a consciência de proteção aos animais silvestres, através da difusão de informações e conhecimentos sobre as espécies, sua importância e os males provocados pela prática de retirá-las da natureza. Este seria um bom caminho para se chegar à máxima: “Não compre animais silvestres”.
Finalizo aqui com uma sugestão pessoal e que entendo ser muito eficaz e extremamente benéfica para ambos os lados: Adote um animal doméstico. Milhões vagam pelas ruas ou estão em abrigos à espera de um lar.
A natureza agradece e os animais, silvestres ou domésticos, também!
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