AMBB quer que rua prevista no Belvedere seja aberta para aliviar o trânsito

Após um olhar mais atento no mapa de planejamento do bairro, o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Belvedere (AMBB), José Eugênio de Castro descobriu um logradouro que não foi implantado. A rua encontra-se dentro do Parque das Nações, localizado entre a Avenida Nossa Senhora do Carmo e a BR-356 e pode ser mais uma via de acesso à região.

O Belvedere poderá ganhar uma nova rua e com ela melhorar o tráfego na região. Localizada às margens da BR-356, na área do Parque das Nações, o endereço consta no mapa do bairro, mas o logradouro não chegou a ser aberto pela Prefeitura de Belo Horizonte. Após um olhar mais aguçado do presidente da Associação dos Moradores do Bairro Belvedere (AMBB), José Eugênio de Castro, sobre instalações de imóveis supostamente destinados a moradias e atividades comerciais, ele percebeu o traçado de uma rua que adentra o Parque das Nações em direção ao bairro e isso acabou chamando a atenção do dirigente.

Em busca da melhoria da qualidade de vida dos moradores, notadamente pelo melhoramento da mobilidade, José Eugênio de Castro constatou que a implantação da rua com suas obras de infraestrutura necessárias poderá trazer ganhos em trânsito, com novo acesso e melhoria no tempo de tráfego.

A rua encontra-se dentro do Parque das Nações, localizado entre a Avenida Nossa Senhora do Carmo e a BR-356 e o Belvedere, próximo ao trevo que faz ligação ao bairro, não chegou a ser aberta. E o que mais chamou a atenção do presidente da AMBB é que estão surgindo obras no espaço, sem nenhuma fiscalização.

Segundo informou José Eugênio, a demanda foi enviada para o gabinete da vereadora Fernanda Altoé, e após uma visita técnica ao Parque das Nações foi comprovada as várias ocupações no local. “Imediatamente, a parlamentar buscou informações junto à PBH, e constatou que realmente existe a via, denominada Rua Geraldo de Souza, que se urbanizada terá condições de ligar a Avenida Nossa Senhor do Carmo e/ou BR-356 ao Belvedere, aliviando sobremaneira o fluxo de veículo que circula em nosso bairro”, explicou José Eugênio de Castro.

Ele ressalta que em resposta aos requerimentos protocolados pela vereadora na Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana, onde foram questionados se há algum projeto para a instalação de algum equipamento público no local, se a área é pública ou privada e se é conhecimento das autoridades tais ocupações, foi constatado que o terreno é de propriedade do Município de Belo Horizonte.

Mobilização

Após, consulta ao Sistema de Gerenciamento de Empreendimentos de Engenharia, o gerente Roberto da Silva Horta, da Gerência de Suporte Técnico e Informações da SUDECAP, informou que não foram localizados estudos, projetos ou obras nos locais indicados. Já a Secretaria Municipal de Fazenda, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura e a Secretaria Municipal de Política Urbana manifestaram-se por meio do ofício informando que a edificação, erigida no imóvel de propriedade do município, caracteriza pelo lote colonial 68 da Ex-Colônia Afonso Pena.

Por sua vez, o secretário João Antônio Fleury Teixeira da Secretaria Municipal de Política Urbana informou que não a PBH não possui projetos na área, e que em 2021 foram emitidas diretrizes municipais para parcelamento do solo de gleba localizado dentro da área questionada. E que as diretrizes se encontram vencidas atualmente, sem protocolo de projeto para parcelamento do solo, e que não foi localizado Alvará de Localização e Funcionamento (ALF) para os endereços informados no Requerimento.

Resposta da BHTrans

A vereadora também solicitou à Comissão de Mobilidade Urbana, Indústria, Comércio e Serviços, e à presidente da BHTrans, Júlia Gallo, informações se existe a viabilidade de se construir vias de acesso interligando o bairro, por meio do Parque das Nações, à Avenida Nossa Senhora do Carmo.

Em resposta, a BHTrans informou que a PBH estabeleceu um convênio com a Prefeitura de Nova Lima para viabilizar quatro intervenções em benefício da mobilidade, que são: alargamento do viaduto sobre a BR-356 no trevo do BH Shopping; construção de um viaduto ligando a BR-356 (Sentido Belo Horizonte/Rio de Janeiro) à Rodovia MG-030 (sentido Belo Horizonte/Nova Lima) – Projeto a ser licitado por Nova Lima; construção de viaduto interligando a Rodovia MG-030 (sentido Nova Lima/BH) à BR-356 (Sentido BH/Rio de Janeiro); e o alargamento da pista da rodovia MG-030 sob o pontilhão da linha férrea.

Criar alternativas de novas vias

“Diante das respostas dos órgãos públicos, os moradores do Belvedere aguardam uma providência por parte das autoridades municipais, no sentido de viabilizar a urbanização da Rua Geraldo de Souza ligando a Avenida Nossa Senhora do Carmo à BR-356, de forma a amenizar os transtornos do insuportável trânsito que enfrentamos diariamente, bem como aguardamos providências com relação das obras lá existentes”, ressaltou José Eugênio.

Para a vereadora Fernanda Altoé, o crescimento desordenado na região de Nova Lima gerou impactos negativos em Belo Horizonte, e em especial no Belvedere, que é o bairro limítrofe. “É preciso pensar em infraestrutura urbana e obras para que a mobilidade possa gerar mais conforto e qualidade de vida para os moradores de ambas as regiões. Mas, enquanto não se consegue esta atuação coordenada das duas cidades, Belo Horizonte não pode ficar de braços cruzados esperando”, ressaltou a vereadora.

Fernanda Altoé acrescenta: “Temos que encontrar soluções e alternativas de novas vias, explorar espaços públicos de Belo Horizonte para gerar mais fluidez no trânsito e mais conforto para todos. Isso, sem dúvida, vai refletir na cidade como um todo porque vemos com frequência, que quando a Avenida Nossa Senhora do Carmo para, e para em função do Anel Rodoviário e do Belvedere, isso reflete até o centro da cidade”, concluiu a vereadora.

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