Desde as primeiras horas desta quinta-feira, 25 de agosto, que os usuários do metrô de Belo Horizonte não podem contar com o serviço de transporte. Os metroviários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG) que decidiram em assembleia a medida após decisão em que o “TCU [Tribunal de Contas da União] aprovou por unanimidade [a desestatização da CBTU] e, como a gente tinha aprovado, amanhã é greve por tempo indeterminado”, disse o informe do sindicato.
No último dia 22 de agosto, a categoria já havia se reunido em assembleia e aprovado a greve caso a privatização do metrô fosse adiante. Diretores e representantes do Sindimetro-MG chegaram a ir para Brasília. Insatisfeitos com a privatização da companhia, os metroviários afirmam que não foram chamados para participar das conversas. Eles também lamentam a falta de estabilidade dos empregos.
“O TCU abriu as portas de vez para privatização do metrô e, consequentemente, a demissão dos trabalhadores concursados. Então os trabalhadores não têm mais nada a perder. Os cartazes já foram colocados nas estações avisando a população”, acrescentou em nota o Sindimetro-MG.
USUÁRIOS PREJUDICADOS
A greve do metrô de Belo Horizonte vai prejudicar entre 70 a 100 mil passageiros que dependem do transporte público diariamente. Os dados são da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou já ter entrado com pedido de liminar para garantir o funcionamento do metrô pelo menos nos horários de pico.
No entanto, na última greve dos metroviários, entre março e abril deste ano, a CBTU chegou a conseguir na Justiça uma liminar que impedia a paralisação dos trens nos horários de pico. Porém, a determinação não foi cumprida pelo sindicato que representa os trabalhadores.
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