BHTrans instala semáforo no trevo do Belvedere tentando reduzir filas extensas na BR-356

A medida, embora paliativa e temporária, visa ordenar o trânsito e diluir a longa fila que se forma de veículos vindos de Nova Lima e do Jardim Canadá a Belo Horizonte, no sentido Savassi/Centro.

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da BHTrans, está instalando um semáforo na rodovia BR-356, na entrada de uma das alças do Trevo do BH Shopping, no sentido Savassi/Centro. A medida, embora paliativa e temporária, visa ordenar o trânsito e diluir a longa fila que se forma de veículos vindos de Nova Lima e sentido Jardim Canadá a Belo Horizonte. De acordo com a empresa, há um aumento de fluxo de trânsito na região e esta é uma tentativa para resolver o tráfego rodoviário em um trevo inserido na área urbana da cidade. O local possui várias opções de acesso, mas também onde as pessoas às vezes têm que passar duas vezes no mesmo lugar para seguir ao seu destino.

“Esta é uma solução rodoviária que se dá nessas situações. A pista fica apertada demais por causa do fluxo formado por quem sobe a Avenida Raja Gabaglia com destino à BR-356 na região da Savassi. Existe ali uma confluência com o volume de veículos que vem da BR, no sentido Rio Janeiro/BH, e que precisa também acessar a alça. Esse conflito nos levou a tentar buscar duas tentativas: a primeira com a definição da preferência, que é de quem está na BR-356. Fizemos a pintura de faixas e instalação de tachões para separar o trânsito de quem contornava a alça no sentido Savassi e quem descia a rodovia. Porém, o volume de veículos foi aumentando. E o espaço ali é curto para acontecer o que chamamos de “transição”. E como vimos que ninguém respeitava mais o tachão e formava uma enorme fila prejudicando quem descia a BR, definimos iniciar com esta segunda tentativa, por meio de um semáforo”, explicou José Carlos Ladeira, diretor de Sistema Viário da BHTrans.

Tamanho das filas em horários de pico

Segundo ele, a decisão foi tomada depois de realizada uma pesquisa para saber o comprimento da fila gerada por causa desse conflito na transição de faixa. “Identificamos que o problema acontece de 7h às 9 horas da manhã e de 16 às 19 horas. A alternativa que temos é alternar a oportunidade de passagem com um semáforo. Estamos implantando um dispositivo que irá operar, a princípio, nesse horário de pico da manhã e da tarde, mas ele poderá ser estendido. Exceto nesses horários, ele irá piscar e a preferência é de quem desce a BR. E, como em outros horários o volume é menor, somente a preferência sustenta o fluxo”, explicou José Carlos Ladeira.

Para se ter uma ideia do volume de veículos no local, no período das 7 h até às 8 horas, uma fila de 740 metros de comprimento se forma a 100 metros da trincheira da MG-030. No pico da tarde, às 16 horas, a fila começa com 440 metros até o início da entrada da marginal para acesso ao BH Shopping e Raja Gabaglia, até atingir 740 metros novamente por volta das 17h45m, sendo diluída no período até às 19 horas quando atinge 250 metros até próximo a passarela do Hipermercado Extra.

Solução do DDI só em 2024

A instalação do semáforo não é uma solução para sempre, é apenas paliativa. Segundo o diretor, as soluções de mobilidade virão dos novos empreendimentos na região que são depositárias de um fundo pecuniário gerido pelo Ministério Público. Um exemplo são as contrapartidas do Himalaya que estão previstas em seu licenciamento.

“O empreendimento será responsável por um viaduto que faz a conexão para quem vem de Nova Lima pela MG-030 e segue para o Anel Rodoviário ou no sentido Rio de Janeiro, e esse irá retirar 17% do número de veículos que passam pelo trevo do BH Shopping. A outra contrapartida é a instalação de outro dispositivo que conhecemos dentro da estrutura de tráfego como DDI, prevista para ocorrer em 2024, de acordo com o licenciamento ambiental do Himalaya”, informou José Carlos Ladeira.

O DDI – Diverging Diamond Interchange – é uma concepção para solução a partir da interseção tipo diamante, bastante difundida nos Estados Unidos e na Europa, para solucionar pontos de conflito de trânsito, através da inversão de faixas de tráfego temporariamente sobre um viaduto. A solução elimina os cruzamentos de veículos e oferece vazão para o fluxo que se forma em vários sentidos.

Outro semáforo em breve

Segundo José Carlos Ladeira, esse paliativo que está sendo proposto – semáforo – terá uma vida de um ano e pouco. “É importante dizer que esse semáforo não vai exigir um alto investimento. Estamos usando um equipamento que pode ser retirado de lá e usado em outro lugar. Vamos adaptar ao longo do funcionamento para ver como o motorista vai se adaptar no seu uso. Se ele funcionar bem e se for necessário, temos a previsão de instalar outro na outra alça de quem desce a BR e precisa acessar a Raja no sentido Buritis. O segundo dispositivo ficaria alça de contorno de quem desce a BR e sob para acessar o viaduto e se depara com o trânsito que vem do Belvedere. Porém, tudo será avaliado para ver como irá funcionar e qual o benefício que irá trazer. Isso poderá levar muitos motoristas a usarem o retorno na entrada do bairro, no Morro do Papagaio, o que irá causar uma dispersão no trânsito do trevo do BH Shopping. São vários os cenários que podemos ter”, ressaltou.

A entrada em operação do novo semáforo deve acontecer dentro de alguns dias, porém sem data específica por causa da retirada dos tachões e da pintura de faixas não pode ser feita com o solo úmido. E ainda vai depender da ligação elétrica da Cemig para o semáforo.

A BHTrans informou que também fará a pintura das faixas na Raja Gabaglia para auxiliar no entroncamento com a Avenida Barão Homem de Melo, local que já recebeu uma obra de melhoria do trânsito.

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