Mostra, que será realizada até o dia 29 junho, traz nas obras alegrias, medos, fortalezas… de pessoas que passaram pelo processo da arteterapia. A mostra acontece no no estande da CSul Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima.
Alegrias, aflições, motivações, angústias impregnadas, infiltradas em cada fragmento da peça de arte a ser vista, revista, apreciada, analisada. A Grande BH tem até o dia 29 de junho, no horário de 9h às 17h, no estande da CSul Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, uma exposição diferente, a “Artistas de Si Mesmos”, com entrada gratuita. São 30 obras, divididas em quatro grupos, resultados de processos particulares desenvolvidos em sessões grupais de arteterapia. Pinturas, esculturas e costuras vão mostrar o potencial humano criativo, descrever personalidades, medos e fortalezas de cada pessoa que vivenciou, sob a condução da psicóloga e arteterapeuta Bianca Solléro, o método facilitador da elaboração psíquica que usa como recurso as artes plásticas.
“São crianças, adolescentes e adultos, artistas de si mesmos, porque utilizam de sua criatividade para explorar seu autoconhecimento e elaborar conflitos e questões por meio da experiência com materiais diversos: linhas, papéis, cerâmica, gravetos”, diz Bianca Solléro, fundadora do Núcleo Cria-Te de Arteterapia. Os espectadores, segundo ela, vão encontrar cores e texturas variadas, textos sensíveis e poéticos que contam sobre as reflexões que cada trabalho propiciou aos seus criadores ao longo dos processos.
A psicóloga e arteterapeuta diz que um dos trabalhos mais impactantes da exposição são pinturas de 60 cm por 90 cm, em que crianças de 6 a 15 anos se fotocopiaram e criaram sobre seus retratos a forma como queriam ser vistos. “Trata-se de um processo de quase dois meses em que elas puderam perceber aspectos de sua personalidade, acessaram sonhos e encararam o desafio de aparecer sendo fiéis à sua autenticidade.” Ela acrescenta que é o famoso self que, por vezes, recebe uma dúzia de filtros que descaracterizam as pessoas e tendem a enquadrá-las em padrões preestabelecidos, que foram substituídos por pinturas que atestam a liberdade de ser e de sonhar e o prazer de serem vistos em sua essência. São os Retratos Autocriativos.
Junto a eles haverá ainda Os Ponchos, obras produzidas em imersão de quatro dias em arteterapia em que 20 mulheres estiveram reunidas numa casa de retiro na serra da Moeda. Trabalharam linhas, lãs, tecidos e contas. “Muitas não sabiam o básico da costura e aí reside o grande valor deste trabalho: ele atesta que arteterapia não é sobre técnica, sobre saber fazer, é sobre aventurar-se diante do novo, sobre experimentar, vivenciar”, relata.
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