Uma nova visão de mundo está ganhando cada vez mais espaço por meio da Educação Ambiental. Ela busca a valorização e a formação de um novo estilo de vida, sem consumismo excessivo, sem o desperdício de recursos e sem degradação ambiental. O “desenvolvimento sustentável” é uma forma de crescimento econômico aliada à justiça social e à satisfação das necessidades dos seres vivos.
É fato que os recursos naturais correm um grande risco de se esgotarem caso não sejam utilizados de maneira consciente e adequada. O ciclo da água, por exemplo, é simples se comparado com outros ciclos ou recursos da natureza. No entanto, o consumo e a falta de chuvas fizeram com que a velocidade de uso fosse maior do que a sua reposição, provocando uma grande escassez para a sociedade.
Tudo aquilo que é extraído da natureza para ser utilizado pelo homem tem como meta o seu desenvolvimento econômico, como geração de energia e produção de bens e produtos a partir da matéria-prima. Alguns desses recursos são capazes de se recompor em um tempo menor, como as florestas, a água, a fauna e a flora. Outros precisam de grandes eras geológicas para serem desenvolvidos, como o minério, o petróleo, o carvão mineral, entre outros.
Todo consumo social, econômico ou natural tem impacto, seja positivo ou negativo. Sabendo disso, podemos escolher uma nova maneira de consumir buscando minimizar esses prejuízos ao ambiente.
Em 2050 serão necessários 3 planetas para atender a nossa demanda
Quando nos deparamos com alguns números é possível enxergar como são impressionantes os dados relativos aos recursos que extraímos do planeta. Estima-se, que essa extração triplicou nos últimos 50 anos, incluindo um crescimento de 45% no uso de combustíveis fósseis. Retiramos do meio ambiente 60% dos recursos que a Terra é capaz de regenerar em um ano. Se seguirmos esse padrão, em 2050 serão necessários 3 planetas para atender a nossa demanda.
Essa situação ameaça a vida de todos os seres vivos, e a melhor forma de revertermos esse quadro é modificando o nosso estilo de vida. A comunicação e educação ambiental formam um papel fundamental, decisivo e estruturante na conscientização e na mudança comportamental de crianças, jovens e adultos. Criar conceitos, hábitos, atitudes e valores ambientais deve ser um trabalho constante e sólido. Com um país de uma natureza exuberante e riquíssima, a educação ambiental possui valor inestimável e deve ser encarada como base não só do sistema educacional, mas como parte do cotidiano de cada indivíduo que utiliza os recursos naturais.
Com ela, é possível compreender a complexidade do meio ambiente, tanto o natural quanto o modificado pelo homem, seus aspectos biológicos, sociais, econômicos, físicos e culturais. O atual cenário de degradação da natureza e de incertezas quanto aos desafios globais relacionados ao meio ambiente requer uma nova leitura e mais crítica sobre os aspectos ambientais e é através da educação ambiental que chegamos a uma maior compreensão das questões socioambientais que afetam nosso cotidiano.
Entretanto, como todas essas situações a educação ambiental enfrenta desafios. Para que a aprendizagem seja efetiva, é necessário análises críticas do processo, bem fundamentadas, que possibilitem que as ações desenvolvidas sejam avaliadas, contextualizadas, integradas, e não soltas, fragmentadas.
Consciência ambiental é primordial
A consciência ambiental é primordial para compreendermos que dividimos tempo e espaço com outros seres vivos e interagimos com fatores diversos. Sem equilíbrio, todo esse cenário está ameaçado, e o ser humano está incluído nele. A conscientização ambiental é primordial para que possamos preservar a vida em todas as suas formas. O conhecimento é a melhor ferramenta no combate à degradação ambiental.
Não será a tecnologia, ou a ciência, ou a educação que resolverão sozinhas os problemas do mundo. Serão todos esses fatores atuando em conjunto. Cabem a eles contribuir para o processo de transformação da sociedade atual em uma sociedade mais sustentável, com bem- estar e qualidade de vida, não deixando de levar em conta a capacidade de regeneração dos recursos materiais e enfim promover uma distribuição concreta das riquezas, bem como fornecer condições dignas de vida para as atuais e futuras gerações.
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