Minas Gerais é o terceiro Estado com o maior número de casos, com 51,2% de taxa de positividade. Exames podem fazer toda a diferença para o controle desse problema de saúde pública.
De acordo com o Hermes Pardini – uma das principais redes de medicina diagnóstica do país, a procura por testes para diagnóstico de chikungunya na rede, em janeiro e fevereiro de 2023, foi 91,3% maior do que no mesmo período de 2022.
A taxa de positividade média para os testes, no Brasil, está em 40,5%, enquanto no mesmo período de 2022 estava em 33,3%. Chama atenção o estado de Minas Gerais, cuja taxa de positividade está acima da média, sendo 51,2%.
Segundo o vice-presidente do Grupo Pardini, Alessandro Ferreira, as lições da Covid-19 nos mostraram que, no controle de doenças infecciosas, devemos ampliar a testagem para planejar e agir prontamente. “Nossa vigilância epidemiológica monitora de maneira permanente todos os indicadores que possam afetar a saúde da população. Sabemos que no verão acontece o aumento das arboviroses. Detectamos agora um aumento considerável de casos dessas doenças, em especial chikungunya. Os dados que levantamos são preocupantes, principalmente agora nesse período pós-carnaval, onde houve grande deslocamento e circulação de pessoas por todo o território nacional”, afirmou. “Testar, testar e testar continua sendo necessário para preparar e instrumentalizar a rede de serviços de saúde, para ampliar a vigilância epidemiológica, o controle vetorial e assistência aos pacientes”, reforçou o especialista.
A infectologista da rede de laboratórios Pardini, Melissa Valentini, faz um alerta porque as outras doenças transmitidas pelo mesmo mosquito, Aedes Aegipty, como zika e dengue, têm quadros clínicos semelhantes e, na maioria das vezes, a diferenciação só pode ser confirmada com testes laboratoriais.
No caso da chikungunya, os sintomas são similares da dengue como dor muscular e nas articulações, febre, fadiga e outros, acrescido de lesão crônica e sequelas como dores articulares por períodos prolongados, até por anos. Por isso, faz-se necessário a testagem do paciente para diagnóstico diferencial. “Os indivíduos que estiverem com esses sintomas precisam ser testados para arboviroreses. Existem testes específicos para dengue, zika vírus e chikungunya. É importante para que as autoridades de saúde possam tomar as medidas necessárias para controle da doença e para que os médicos possam dar o tratamento adequado ao paciente”, reforçou a infectologista.
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