As experiências e os desafios de quem pratica o mergulho. Escola em BH ensina as técnicas corretas de respiração, manuseio dos equipamentos, locomoção, coordenação motora e controle emocional para mergulhar nas melhores regiões do mundo.
A médica Maria Luiza Cavalieri relata que há mais tempo, em férias, teve uma primeira experiência nada agradável feita diretamente no mar. Desconfortável com o mergulho, prometeu que nunca mais voltaria a praticar a atividade. Foi quando seu filho resolveu fazer o curso em BH e insistiu para que ela o acompanhasse. Como mãe participativa, decidiu acompanhá-lo. Desta vez, aprendendo de forma gradativa na piscina, achou a experiência prazerosa e daí não parou mais: mergulhou em Paraty com os dois filhos, Enaldo, 26; e Guilherme, 23 anos. Esteve em Fernando de Noronha e, agora, no Carnaval, segue para Roatan, Honduras. “O mergulho foi um divisor de águas, porque depois do trauma veio a superação. Eu nunca imaginei que aos 56 anos fazer uma atividade da qual tinha receio e consegui vencer”, diz a cirurgiã vascular. “O mergulho agora é um hobby que decidi levar para a vida toda.”
“Mais confiante”
Brinca que agora faz parte de um cardume e quer explorar outros mares: “Quando mergulho fico relaxada, é uma forma de meditação que todas as pessoas deveriam experimentar. Lá embaixo não tem mais nada, é você concentrado na respiração, esvaziando sua mente e curtindo o universo mágico que o mar nos apresenta”. Ela afirma que não consegue isto aqui, em terra firme, porque é ligada nos 220V – além de médica, Maria Luiza é proprietária da Clínica Cavalieri, no bairro Vila da Serra.
“Eu fiquei mais confiante, segura para enfrentar novos desafios. Percebi que sou capaz, que a idade não é limite para mergulhar em algo novo”. Acrescenta ainda que, além da atividade proporcionar novas amizades, é mais um motivo para viajar e ficar ao lado dos filhos. Agora, o desafio, segundo a médica, é conseguir reunir todos para as experiências de mergulho. “Os meninos cresceram e eu me arrependo de não ter feito isto antes.”
Maria Luiza planeja duas viagens com a família em 2025, sendo uma delas para a Tailândia, e claro, o mergulho já está no roteiro. “Iremos curtir juntos esta experiência e agora estou muito confiante”.
“É desafiador”
Há também quem tenha iniciado a atividade por impulso. “Uma grande amiga é apaixonada por mergulho e quando perguntei aonde ela iria passar o Carnaval, me respondeu que seria em Honduras. Pedi ao meu marido, André, que fechasse nossa viagem porque eu estava fora de Belo Horizonte”, lembra a médica dermatologista Virgínia Amaral. Nunca havia mergulhado. Matriculou-se, junto com o marido, no curso da marAmar. “Foi na cara e na coragem. É desafiador.” André quase desistiu no início e acabou, de acordo com ela, sendo o melhor aluno da turma em dezembro.
“Ainda não mergulhei no mar, mas acredito que será promissor ter a possibilidade de um novo ciclo”, diz Virgínia. Fugir um pouco do trabalho de todo o dia, ir mais fundo nas profundezas do mar. “Se durante o curso na piscina já consegui ter um momento de meditação…” Imagine no mar, onde vai buscar a certificação junto com o marido, acompanhados pela amiga junto a turma da marAmar, escola de mergulho mais premiada da América Latina.
O curso
Segundo Paula Loque, diretora da marAmar, a mais moderna escola de mergulho do Brasil e premiada da América Latina, podem mergulhar crianças a partir de 10 anos, que tenham boas condições físicas e saibam nadar. Não existe limite máximo de idade.
O curso é realizado durante 5 dias, das 19h às 23h, de segunda a sexta-feira ou nos fins de semana: sexta, das 19h às 23h, sábado, das 7h às 18h, e domingo, das 9h às 14h. Os alunos recebem instruções teóricas e na sequência vão para a piscina. Técnicas corretas de respiração, manuseio dos equipamentos, locomoção, coordenação motora, controle emocional e comunicação subaquática. Concluído o curso em BH, é hora dos mergulhos no mar.
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