As brigadas de combate a incêndios das empresas Vale e AngloGold Ashanti unirão forças para atuarem de forma conjunta no combate a incêndios na região.
A vegetação seca e temperatura elevada, inúmeros focos de incêndio, labaredas altas que podiam ser vistas à distância pela extensa linha de fogo que serpenteava o alto das montanhas e o excesso de material combustível promoveram a destruição de uma grande área de matas em Nova Lima, nos últimos dias. Moradores viram as chamas e densa fumaça chegarem muito próximas às suas casas. Este foi o cenário vivido na nos primeiros dias de setembro, em Nova Lima, em locais no Vale do Sereno, Vale dos Cristais, Jardim da Torre, Ville de Montagne e na região do Belvedere, que amedrontou e preocupou moradores.
Diante do fogo sem controle, castigando as matas e colocando em risco a saúde e a segurança da população, o executivo municipal tomou a decisão de ampliar as estratégias preventivas de combate aos incêndios florestais. O Governo Municipal de Nova Lima se reuniu com a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil e com os coordenadores das brigadas de combate a incêndios das empresas Vale e AngloGold Ashanti para a união de forças e garantir que as equipes das esferas pública e privada atuem de forma conjunta no combate a incêndios na região. Na prática, definiram pelo compartilhamento de todos os recursos disponíveis das empresas, incluindo aeronaves, para equilibrar as operações de cada grupo.
Nessa estratégia de trabalho conjunto ficou definido que as empresas serão responsáveis, caso necessário, por ações em áreas próximas às suas instalações. Dessa forma, a AngloGold Ashanti atuará na região central da cidade, enquanto a Vale, em áreas como trechos da BR-040, apoiando os brigadistas da Defesa Civil Municipal, conforme necessário.
“Não estamos de braços cruzados. Estamos trabalhando em conjunto com o Corpo de Bombeiros e o Governo de Minas, responsáveis pelo combate aos incêndios, e também com a empresa Vale. Nova Lima terá, em breve, uma unidade permanente do Corpo de Bombeiros”, disse o chefe da Defesa Civil, Robson Tijolinho.
Segundo ele, Nova Lima enfrentou um momento inédito, com os piores episódios de incêndios florestais, fato que se alastrou em outras cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que agosto foi o pior mês em 13 anos em termos de queimadas florestais em Minas Gerais, com quase 2,5 mil focos detectados por satélites. A seca prolongada, com quase 150 dias sem chuva em muitas áreas do Estado tem agravado a situação. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram necessários cerca de 8 mil litros de água para conter o fogo no Vale do Sereno, onde aproximadamente 20 mil metros quadrados de mata foram destruídos. Felizmente, não houve registro de vítimas.
Atenção da população
“Esta é uma região cheia de matas, de áreas de florestas, que abriga muitas espécies da fauna e da flora. Por isso, necessita de um monitoramento contínuo após esses focos de incêndio, com alguma plataforma ou drones que possam varrer a área e oferecer suporte para controle e prevenção e, dessa forma, evitar o aumento de queimadas. Outra, importante ação é a participação da população, de forma coletiva, contribuindo com a atenção maior ao descarte de lixo, de guimbas de cigarro, de limpeza de terrenos e criação de faixas ao longo das cercas e áreas de vegetação dos condomínios para prevenir a passagem e propagação do fogo”, comentou uma moradora do Vale dos Cristais que enviou vídeos de incêndios ao JORNAL BELVEDERE e solicitou apoio para combate ao fogo na área próxima à ETE do residencial, mas não quis ser identificada.
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