No último dia 4 de outubro, um novo episódio de desabamento do teto de gesso e estrutura mineral no Colégio Santo Agostinho Vale dos Cristais deixou alunos e seus pais em pânico. Dessa vez, o incidente aconteceu no 4º andar, em que parte do forro mineral e placas de gesso se moveram e desprenderam. Duas salas de aula, o laboratório de biologia e parte de um corredor foram afetados. Assustados, estudantes usaram os celulares para mostrar salas de aula e o corredor de um dos andares com placas caídas pelo chão. Uma aluna foi atingida por um perfil e se feriu, e outros quatro alunos tiveram escoriações leves.
Receosos de se identificarem por causa de seus filhos, a maioria não quis dar entrevista. Mas, alguns deixaram claro sobre algumas posições que irão tomar: “– Não vamos deixar nossos filhos voltarem à escola enquanto não houver um posicionamento oficial da escola com todos os pais. Os argumentos não estão nos convencendo”, disse uma mãe de aluno. Já um engenheiro, chegou a gravar um áudio explicando que era preciso retirar todas as placas: “O vão entre o gesso e a estrutura de cima deve estar insuflando o ar de fora para dentro. E como o sistema de fixação das placas é muito fino, ele não aguenta e quebra”, informou.
Em resposta ao JORNAL BELVEDERE, a direção do Santo Agostinho Vale dos Cristais, enviou uma nota informando que “uma série de medidas já estão sendo tomadas. Ontem (5/10), a escola recebeu a visita do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (CREA/MG), que irá fiscalizar e acompanhar todo o andamento do processo. Houve uma reunião da equipe de especialistas, formada por engenheiros e arquitetos, para definição e início imediato do plano de ação, com a presença do responsável técnico pela concepção do projeto arquitetônico do Colégio.
Foi realizada uma reunião presencial da Diretoria Executiva com mães e pais que fazem parte do programa da escola – Artesãos da Paz, além de acolhimento às famílias que compareceram ao Colégio ao longo do dia.”, diz a nota.
Por meio de uma nota, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) informou que esteve local para fiscalização e que “a sua atuação é verificar a participação declarada do profissional habilitado como responsável técnico pela condução dos serviços de engenharia”. Que na ocasião, “foi recomendada a contratação de um responsável técnico para a produção de um laudo com orientações técnicas sobre o que fazer”. E que a escola está em fase de contratação de uma empresa de engenharia para refazer todo o telhado, e que tão logo seja iniciada a obra, o Crea-MG irá fiscalizar a responsabilidade técnica.
E ressaltou: “A função do Conselho é defender a sociedade da prática ilegal das atividades técnicas, exigindo a atuação de profissionais legalmente habilitados, com conhecimento e atribuições específicas, na condução dos empreendimentos das áreas da engenharia, da agronomia e das geociências. Não é de competência do Crea-MG ações como verificação técnica de obras e de procedimentos, realização de perícias, vistorias, emissão de laudos técnicos, interdição ou embargos de obras, medidas de segurança e assemelhados”.
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