Obras Viárias no Belvedere: UNIVIVA ressalta em nota que “não se trata de querer. É uma necessidade”

O presidente da UNIVIVA – UNIÃO DE ASSOCIAÇÕES, CONDOMÍNIOS E MORADORES DE NOVA LIMA, o advogado Walmir de Castro Braga, formalizou ao JORNAL BELVEDERE, por meio de uma nota, a posição da diretoria da Associação contra a paralisação das obras viárias na região, que as redes sociais mencionam terem sido “canceladas” após uma mudança no contrato.

“Não se trata de querer. É uma necessidade. Se for necessária a retirada de árvores, que sejam transplantadas. Se, em última análise, for necessário o corte de algumas, que sejam plantadas em substituição mudas em um número maior. Existem áreas na região para isto. Porém, as alternativas viárias são limitadas. Enquanto não se tem um projeto macro viário para a região, é preciso um mínimo de destravamento”, declarou.

Walmir Braga lembra que na audiência pública na Câmara de BH, o superintendente da Sudecap, Leonardo Gomes, confirmou que “tudo fora cancelado para atender a um grupo de moradores”, e que “nenhuma reunião ou audiência pública fora realizada antes da decisão”. Este é um erro supremo. Ouvir apenas um grupo. E veja que o Belvedere possui duas associações – a dos prédios (AABB), a das casas (AMBB) e havia também uma de comerciantes. Participei e colaborei da AABB e conseguimos praticamente todas as obras viárias que existem na região. Portanto, vivi os dois lados.”, explicou.

Ultrapassou os limites do bairro

Braga mencionou ainda, que a questão viária na região já ultrapassou os limites do bairro Belvedere. Hoje afeta os moradores de Nova Lima, Raposos e Rio Acima, além dos que procuram hospitais na região. O advogado lembrou que todas as obras de infraestrutura realizadas na região foram realizadas ou custeadas pela iniciativa privada. “Todas as grandes obras já realizadas foram feitas pela participação da sociedade civil e da iniciativa privada. O poder público de Belo Horizonte nunca atuou de forma efetiva naquela região, é preciso que ele assuma o seu papel de executivo”, ressaltou.

Em sua explanação durante a audiência, Walmir foi enfático ao afirmar que os moradores não precisam de um meio ambiente, mas sim de um “ambiente inteiro”. “Porque para nós termos mobilidade, saúde, etc, não podemos ficar segmentados em um raciocínio. É preciso que tenhamos capacidade de buscar e obter uma solução”.

Walmir ressaltou que o superintendente da SUDECAP afirmou, durante a Audiência Pública da Comissão de Mobilidade Urbana realizada na Câmara Municipal de Belo Horizonte, que tecnicamente e ambientalmente o projeto de alargamento das pistas de acesso ao viaduto que passa sobre a BR-356 é viável, como também que o alargamento do viaduto não tem restrições de projeto. “Que as autoridades tirem ensinamentos do ocorrido e que o projeto e a obra sejam retomados o mais breve possível. Não é mais questão de querer ou quando. É Necessidade. É questão de vida ou morte para quem estiver procurando acesso aos hospitais, para ficar apenas nesse ponto. O interesse coletivo deve prevalecer”, ponderou.

O presidente ressaltou que os moradores de Nova Lima precisam também tirar ensinamentos do ocorrido, citando uma colocação das autoridades que tomaram a decisão que acabou resultando na dita paralisação da obra. “Disseram que o projeto não parou. Apenas seria refeito, mas que a obra seria efetuada no mesmo prazo originalmente estimado. Depois que furaram a bola e acabaram com o jogo, alguém acredita nisso? Os tapumes serão recolocados e quando a obra será iniciada? Ou será que foi sem querer, querendo?”, questiona.

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