Os desafios e oportunidades para que o Vetor Sul se desenvolva dentro do conceito de smart city

A grande protagonista neste processo, é a Inteligência Artificial, que passa a integrar desde lâmpadas inteligentes, carros, serviços, e transforma, acima de tudo, a relação do homem com a cidade.

Quando a eletricidade foi descoberta, ela passou a ser incorporada a vários produtos que as pessoas já utilizavam, mas que puderam ser otimizados e transformados. Isso pavimentou o caminho para que o lampião virasse a lâmpada, o telégrafo o telefone e a calculadora o computador. Foi uma revolução. Neste exato momento, estamos vivendo uma revolução semelhante. Só que seu grande protagonista é a Inteligência Artificial, que passa a integrar desde lâmpadas inteligentes, carros, serviços, e transforma, acima de tudo, a relação do homem com a cidade. Trata-se de um grande salto para as chamadas smart cities, ou cidades inteligentes.

Porém, antes de sairmos pensando em carros voadores, robôs levando cães para passear na rua, ou até mesmo seres humanos interagindo com hologramas em lojas e restaurantes, é preciso entender como esse conceito já está presente no contexto do nosso País e, mais especificamente, no Vetor Sul.

Para isso, conversamos com alguns especialistas de diversas áreas para entender o que torna uma cidade inteligente, de fato, inteligente, propondo uma reflexão, um exercício de futurologia, sobre como as novidades tecnológicas prometem impactar o desenvolvimento da região, a vida de seus moradores, e como gestores públicos, empresários e munícipes podem e devem se preparar para essas mudanças.

A população de Nova Lima descarta, todos os dias, 114,5 toneladas desses materiais. Isso significa que cada morador gera, diariamente, uma média de 0,33 kg de rejeitos.

Cidades inteligentes são feitas por pessoas e para pessoas

Ainda não há um conceito fechado do que exatamente sejam cidades inteligentes. Segundo a ONU, elas são aquelas que utilizam tecnologia e inovação para melhorar o ambiente urbano, resultando em uma melhor qualidade de vida, maior prosperidade e sustentabilidade, e cidadãos engajados e empoderados. Para isso, são necessários infraestrutura digital, análise de dados, governança para ‘cidades inteligentes’, financiamento e parcerias inovadoras. A organização acredita que cada país que pretenda desenvolver sua gestão pública com essa perspectiva deve incorporar esses valores em suas constituições por meio de leis.

No Brasil, Projeto de Lei 976/2021, em tramitação na Câmara dos Deputados, conceitua cidade inteligente como um espaço urbano orientado para o investimento em capital humano e social, o desenvolvimento econômico sustentável e o uso de tecnologias disponíveis para aprimorar e interconectar os serviços e a infraestrutura das cidades, de modo inclusivo, participativo, transparente e inovador, com foco na elevação da qualidade de vida e do bem-estar dos cidadãos.

Em Minas Gerais, a Assembleia Legislativa tem discutido o Projeto de Lei 416/2023, cujo conceito de cidade inteligente dedica especial atenção ao meio ambiente. Lê-se no projeto: para fins desta lei considera-se Smart City ou Cidade Inteligente a cidade que possua inteligência coletiva, que tenha responsabilidade ambiental, que promova o desenvolvimento social e que estimule o crescimento econômico equilibrado por todo o território da cidade.

Em outras palavras, isso significa utilizar todos os recursos disponíveis, não somente tecnológicos, para melhorar a qualidade de vida das pessoas. O arquiteto e urbanista, e professor da Fundação Dom Cabral, Sérgio Myssior destaca que a cidade inteligente leva consigo todos os componentes de uma cidade criativa, de uma cidade humana, inclusiva, resiliente e sustentável. Nesse sentido, a cidade que almeja esse título não pode ficar restrita somente à tecnologia, ela precisa aplicar a gestão inteligente ao uso de todos os seus recursos, no enfrentamento de todos seus desafios.

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