Que tudo – ou pelo menos algo – se realize

Adeus ano velho, feliz ano novo.
Mais um ciclo se encerra com o desejo de um mundo melhor.
Para muitos, é momento de festejar, viajar e lançar seus novos votos ao mar.
Para outros, como eu, o calendário passou muito rápido e é preciso desacelerar.
Mesmo antes da pandemia, já há muitos anos nessa época venho fazendo o movimento no sentido do equilíbrio osmótico populacional, ou seja: fugir das aglomerações e me recolher no meu canto.
Não deixa de ser uma viagem, às vezes necessária, para dentro. Em tempos de todas as resoluções, é preciso um mínimo de pausa para decantar os devaneios e saber o que pode virar raiz. Para diminuir os anseios e abastecer a força motriz.
Em alguns anos até fiz listas de resoluções. Mas nunca me lembro onde deixo as anotações.
Já devo ter decidido salvar o planeta. Ou pelo menos a Amazônia.
Certamente decidi ser voluntária na África. Ou talvez mais solidária por aqui mesmo.
Uma vez cogitei só tomar banho de água fria. Essa resolução não durou nem um dia…
Ainda não virei corredora nem ciclista, mas por outro lado já não tenho mais carro. Ufa, pelo menos uma resolução foi cumprida.
Quando e como um desejo ou uma utopia virar realidade? Difícil saber até onde pode o querer.
Ainda não fiz minha lista de fim de ano, mas sei que ter mais disciplina é item obrigatório nela. Afinal, qualquer resolução só se realiza na ação. E só perdura com continuação.
É tempo de renovar, de semear.
Só precisamos dar ao meio o mesmo ímpeto do começo para realizar.
Boas Festas!

Gisele Kimura / Membro do conselho deliberativo da Promutuca./ www.promutuca.com.br • adm.promutuca@gmail.com

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