São as águas de março fechando o verão?

Entramos no mês de março, conhecido como o “o mês da água”, já que comemoramos o dia mundial da água no dia 22 de março. É também muito conhecido como o principal período de chuvas no ano, principalmente por causa da música “Águas de março”, composta por Tom Jobim na década de 70. Mas será que as precipitações são mais constantes nessa época do ano mesmo?
Somos ensinados nas escolas sobre as estações do ano: Primavera, Verão, Outono e Inverno. Sabemos, portanto, os períodos nos quais teremos climas secos e chuvosos. Contamos com especialistas em Meteorologia, profissionais que dedicam a vida ao entendimento do clima, e são peritos na adoção preventiva de políticas públicas para evitar grandes desastres naturais.

No Brasil, mais precisamente na Região Sudeste, o período chuvoso se dá entre os meses de outubro a março. Entretanto a ideia de que o mês de março é o mais chuvoso do ano não passa de lenda. Se considerarmos os dados climatológicos dos últimos anos, observamos que nem sempre o mês de março é o mais chuvoso. Normalmente, chove mais em dezembro, janeiro e fevereiro. Apesar de não ser o recordista em precipitações, março ainda é um mês úmido. Neste mês ainda é verão e, por isso, há instabilidade e possibilidade de precipitações esporádicas.

A chuva, fenômeno natural considerado como uma “precipitação da água atmosférica sob a forma de gotas” é primordial para a manutenção da vida. Não apenas os sapos deveriam demonstrar alegria quando chove. A importância da chuva é evidente, trazendo benefícios diretos a todos os seres vivos e ao meio ambiente, por ser fonte de água para a cheia dos rios, para a agricultura e as economias do campo.

A água é um recurso natural precioso e indispensável à vida. Os estudos geográficos e ambientais divergem um pouco sobre a quantidade de água doce disponível para o consumo no planeta, mas é consenso entre todos os pesquisadores que esse índice é baixo. Estima-se que exista aproximadamente apenas 3% de todo recurso hídrico no planeta. A grande maioria dele apresenta-se em forma de água salgada, neve, icebergs e águas subterrâneas, que são indisponíveis ao consumo humano. Apenas 0,3% de toda a água existente está de fácil acesso, em forma de rios e lagos, as chamadas águas superficiais.

O fenômeno natural é a apenas a última gota em um copo cheio, e o que realmente as prejudicam são as ações antrópicas decorrentes da exploração indiscriminada, que passou a alterar a dinâmica da natureza, ocasionando problemas ambientais tão falados atualmente, salientando a retirada da cobertura vegetal causando os deslizamentos de terra, e ainda enchentes e alagamentos.”

Esse recurso hídrico tão importante está em constante movimento no planeta Terra. A água que está na superfície do planeta é aquecida pelo Sol, evapora e vai ao ar. Na atmosfera, ao se misturar com o ar frio, o vapor da água se condensa e forma pequenas gotas ou cristais, que juntos dão origem às nuvens. À medida que esse processo vai ocorrendo, as nuvens vão crescendo e ficando mais carregadas, até que ocorre a precipitação: as gotas caem de volta à superfície. Quando chove, a água rega as plantações e, ao penetrar no solo, vai escorrendo até as nascentes e os rios e lagos, onde pode ser utilizada para diversos fins.

Quando se pensa na necessidade da água, é importante lembrar que ela não serve apenas para beber, tomar banho ou regar as plantas. Como já falado, é indispensável para a agricultura, a indústria e a agropecuária, a água afeta de forma direta sobre a nossa alimentação. Outro benefício da chuva é que ela promove uma limpeza no ar, fazendo assentar a poeira e outras impurezas.
Mas o que tem se visto, através da mídia e tais manchetes é a relação das chuvas aos desastres ambientais que acabam com a vida humana, dos demais seres vivos, além de carregarem lares e apagar memórias. Mas antes de culpar as chuvas por todos esses desastres, é preciso salientar que eles são ocasionados, principalmente pela ação humana de forma irresponsável sobre a natureza, sem levar em conta o impacto a curto, médio e longo prazo que é gerado por essas atitudes.

Já é clichê afirmar que o correto manejo da natureza é essencial para a vida humana. Sendo assim, torna-se necessário que especialistas e porta-vozes da ciência sejam consultados antes de qualquer ação, construção, implementação de novas obras, por exemplo. Nos períodos de outubro a março temos grandes chuvas em nosso solo, as pessoas que residem em lugares com risco de desabamento ou alagamento serão afetadas. Veja que elas serão afetadas não pelas chuvas. O fenômeno natural é a apenas a última gota em um copo cheio, e o que realmente as prejudicam são as ações antrópicas decorrentes da exploração indiscriminada, que passou a alterar a dinâmica da natureza, ocasionando problemas ambientais tão falados atualmente, salientando a retirada da cobertura vegetal causando os deslizamentos de terra, e ainda enchentes e alagamentos.

Diante de isso tudo, é importante saudarmos a chuva e entender a sua importância para nossas vidas. Dissemine essa ideia com seus amigos, filhos e demais familiares, o meio ambiente e a natureza agradecem.

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