Uma cidade caminhável para se viver

O Novo Urbanismo e o Eco Distritos, ou bairros ecológicos, são conceitos que ganham ainda mais protagonismo nestes tempos pós pandemia. Em Nova Lima, dois projetos são destaques: o primeiro, o CSul Lagoa dos Ingleses e o outro é o Vale do Sereno, que estão sendo implantados com vocação de aliar a cidade e a natureza de maneira exemplar.

Copenhagen, cidade da Dinamarca, recebeu o título de cidade mais “caminhável” do mundo. E não é à toa que a capital dinamarquesa também figura na lista de melhores cidades para se viver. A possibilidade de acessar locais a pé ou de bicicleta, de interagir com outros moradores na rua e a abundância de parques e áreas verdes para convívio se tornaram alguns dos principais critérios na hora de escolher um lugar para morar. Trata-se de uma nova perspectiva no modo como cidades e bairros têm sido planejados, arquitetados mais para pessoas e menos para carros. O Novo Urbanismo e o Eco Distritos, ou bairros ecológicos, são conceitos que ganham ainda mais protagonismo nestes tempos pós pandemia, após o isolamento.

A ideia de desenvolvimento urbano, por muito tempo, esteve ligada a vias amplas, de tráfego rápido, paisagens de concreto e pessoas convivendo dentro de prédios e malls, sendo as ruas somente utilizadas para deslocamento. Ao descrever esse cenário, você provavelmente imaginou lugares como São Paulo ou Brasília, e se sentiu um pouco sufocado. Mas, em Nova Lima, dois projetos são destaque no município, no conceito do Novo Urbanismo. O primeiro, o CSul Lagoa dos Ingleses, considerado o maior projeto de desenvolvimento urbano do País. O outro é o Vale do Sereno, um bairro que está sendo implantado com vocação de aliar a cidade e a natureza de maneira exemplar.

O conceito de Novo Urbanismo preconiza a ideia de criar espaços urbanos que promovam a interação social, incentivam a mobilidade sustentável e abracem a diversidade funcional e cultural. Isso envolve o design de bairros onde as pessoas possam viver, trabalhar, fazer compras e se divertir a uma curta distância, reduzindo a necessidade de longos deslocamentos e diminuindo a dependência do uso de automóveis. Ruas arborizadas, calçadas amplas, praças agradáveis e charmosas e infraestrutura adequada para pedestres e ciclistas são características dessas comunidades.

Pessoas buscam bairros planejados para pessoas. Elas querem estar conectadas, se socializar, como na típica estrutura de vizinhança. Querem também cuidar da saúde e viver experiências a partir de seus sentidos, estando próximas à natureza, desfrutando de qualidade de vida e infraestrutura de forma sustentável. Por isso, esses bairros apresentam alta densidade e verticalização, diminuindo o consumo de terras e possibilitando uma maior preservação das reservas naturais originais. O tecido urbano prioriza calçadas com fachadas ativas, uso misto, com lojas, cafés, restaurantes e mobiliário urbano convidativo, ou seja, gerando locais que enriquecem as atividades do dia a dia para seus moradores.

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