A construção da unidade será instalada entre os bairros Alto do Gaia e Bela Fama, próximo à MG-030, onde há maior incidência de deslizamentos de terra e de enchentes. O município irá doar um caminhão com atendimento 24 horas.
O secretário de Segurança, Cristiano Gomes, informou que Nova Lima vai contar com uma unidade do Corpo de Bombeiros. O projeto arquitetônico da nova unidade foi desenvolvido pelos próprios arquitetos do Corpo de Bombeiros Militar, e este encontra-se em processo licitatório e deverá ser publicado em breve. A construção da unidade será instalada entre os bairros Alto do Gaia e Bela Fama, próximo à MG-030. Atualmente, a cidade conta apenas com uma sede provisória, operando em dias e horários limitados. Ele informou ainda que o valor do contrato é estimado em cerca de R$ 7 milhões. O município irá pagar a obra e ainda doar um caminhão com atendimento 24 horas.
De acordo com Cristiano Gomes, a escolha do local se deu em consideração aos maiores problemas vivenciados na região Noroeste, às margens da MG-030, onde há maior incidência de deslizamentos de terra e de enchentes. “Por estar próximo à rodovia, o deslocamento será mais rápido para outras regiões da cidade. E, como a nova unidade está vinculada ao 1º Pelotão do Corpo de Bombeiros, por sua vez está lotado em Belo Horizonte, na Avenida Afonso Pena, o atendimento à região Norte (Vila da Serra), ao Jardim Canadá, ao Vale do Sol e Alphaville, também será mais ágil”, ressaltou.
O secretário destaca que a Defesa Civil de Nova Lima está bem equipada, maior e mais capacitada. “Antes, a cidade tinha 3 agentes e não havia brigada de bombeiro civil. Hoje, conta um grupo de 23 pessoas treinadas e organizadas para atuar em situações de emergência, como incêndios, abandono de áreas e primeiros socorros, além de oito viaturas (um automóvel, seis caminhonetes e um caminhão)”, relatou.
O secretário de Meio Ambiente, Gabriel Coutinho, alertou que a atribuição legal de combate a incêndios florestais é de competência dos bombeiros militares e de entes público e privado, quando há condições. “Existe um plano de contingência estadual e há uma limitação dos bombeiros. O que vimos aqui em Nova Lima, na RMBH e no Estado foi algo imprevisível, uma eventualidade, que escapou do controle dos bombeiros militares. Não basta querer, é preciso ter condições e conhecer as particularidades do local para combater um incêndio de grande natureza. Muitas vezes, o agente militar não tem condições físicas para chegar ao local, o acesso ao alto da montanha não colabora e é inviável para a chegada de caminhões ou até mesmo a pé”, explicou.
Segundo ele, no caso do incêndio no Jardim da Torre e próximo à Mina de Águas Claras, houve necessidade de acionamento de uma aeronave da empresa Vale para combater as chamas. Coutinho disse que os fatos ocorridos têm características de incêndios provocados e alertou que esta prática é um crime.
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