O dia 2 de abril – considerado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo – é uma data estabelecida em 2007 pelas Nações Unidas, com o objetivo de difundir as informações para a população e reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O JORNAL BELVEDERE aborda o tema, diante a importância da discussão dessa condição de saúde, caracterizada por desafios em habilidades sociais e comportamentos repetitivos e de comunicação não verbal, e também em razão do aumento do número de diagnóstico do TEA ao longo dos anos.
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, interação social e comportamento. Há uma gama de Desordens do Espectro Autista (DEA) ou Transtornos do Espectro Autista (TEA), que são condições neuropsiquiátricas caracterizadas por diferenças no desenvolvimento neurológico e comportamental. O autismo é considerado um espectro porque engloba uma ampla variedade de sintomas, níveis de gravidade e características individuais.
Cada pessoa com autismo é única, e suas necessidades variam. Por isso, quanto mais cedo for identificado o espectro, melhores serão os resultados, o que não exclui a possibilidade de tratamento na fase adulta.
Uma abordagem centrada, que leva em conta as habilidades, interesses e desafios específicos é essencial. É importante reconhecer que o entendimento do autismo evoluiu ao longo do tempo, e as abordagens terapêuticas eficazes estão mais focadas em intervenções práticas, com base em evidências científicas. Intervenções como Análise do Comportamento Aplicada (ABA), Terapias Cognitivo-Comportamentais (TCC), abordagens centradas na comunicação e interação social são as mais adotadas para crianças e adultos com autismo.
A inclusão de crianças com autismo em ambientes educacionais regulares promove a interação social e proporciona oportunidades para o desenvolvimento de habilidades sociais e acadêmicas. Programas que visam ensinar habilidades sociais específicas, como fazer amigos, compartilhar e cooperar, são importantes componentes da educação para essas crianças. Além disso, muitos enfrentam desafios na comunicação verbal.
Nota-se um aumento do diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) ao longo dos anos. Em 2004, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) divulgou uma prevalência de 1 a cada 166. Em 2012, esse índice já havia diminuído para 1 em 88. Posteriormente, em 2018, a estimativa passou para 1 em 59. Em 2020, a prevalência reportada atingiu a marca de 1 em 54. Dados recentes do IBGE DE 2023 quantificam dois milhões de pessoas com autismo no País.
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